PUCÓN
Pucón é uma pequena cidade chilena localizada na província de Cautín, região da Araucanía, a aproximadamente 800km ao sul da capital Santiago. É uma região incomparável. Cercada pelo lago e pelo vulcão Villarrica atrai inúmeros turistas ao longo do ano por disponibilizar as mais diversas atividades turísticas como: rafting, cavalgadas, trilhas ecológicas, arvorismo, esqui aquático, a maior tirolesa da América Latina com 3km de extensão, inúmeras piscinas termais, entre outras. No inverno Pucón se torna uma excelente opção para os praticantes de esqui e snowboard.
O vulcão Villarrica, também conhecido como Rucapillán, ou “a casa do demônio” na língua mapuche, é certamente o maior atrativo da região. Localizado a poucos quilômetros do centro da cidade, pode ser visto de qualquer ponto, dando um certo contraste frente às construções baixas e em sua grande maioria de madeira. O fascinante vulcão se torna ao mesmo tempo um tanto quanto intrigante, visto ser um dos vulcões mais ativos de todo o Chile. A fumaça expelida, é vista de longe, mas não é preciso se preocupar, pois a cidade é repleta de alertas em todos os cantos no caso de entrar em erupção. A última ocorreu em 1980, e a população teve de ser evacuada. Por sorte as lavas não atingiram a cidade.
Uma das principais atividades na região é justamente uma caminhada até o cume do vulcão que se localiza a mais de 2840 metros de altitude, e leva cerca de cinco horas, por isso deve ser iniciada bem cedo, por volta de seis horas da manhã e não deve ser feita sem o acompanhamento de uma empresa especializada. Existem inúmeras empresas que fazem este tipo de atividade na região. Durante o inverno existe uma estação de esqui que se localiza nas encostas do vulcão então é possível pegar o teleférico até uma certa altura da caminhada.
Infelizmente quando estive lá, este teleférico não estava funcionando então tivemos duas horas a mais de caminhada pelo meio de uma trilha com muitas pedras soltas. Após aproximadamente 1000 metros de altitude a caminhada é feita pela neve o que exige a colocação dos crampons (espécie de grampos fixados nas botas), para evitar possíveis acidentes. Na mochila deve-se levar comida e muita água, além de uma roupa impermeável que será utilizada na descida.
Visto que a caminhada é em sua totalidade muito íngreme, requer um certo preparo físico. Isto aliado com a altitude e com o frio torna a aventura ainda mais difícil. É normal encontrar grupos retornando na metade do caminho devido ao cansaço. Os últimos 800 metros são os mais difíceis, o corpo já esta bem cansado e cada passo é dado com muito esforço.
Chegar no topo é uma grande conquista, mas não se pode permanecer ai por muito tempo devido aos gases tóxicos expelidos pelo vulcão. A descida é feita utilizando um “esqui-bunda” e leva em torno de duas horas. Como freio usasse um piolet (espécie de machadinha utilizada por alpinistas), que na verdade é bastante utilizado devido à velocidade que se atinge.
A aventura de escalar um vulcão é algo para se guardar na memória por muitos anos. É sem dúvida uma aventura que requer um certo esforço e que nos faz pensar muitas vezes em desistir, mas vale a pena.
Para os interessados em realizar esta aventura o mais ideal é seguir até Santiago e de lá para Pucón em carro ou ônibus. Para aqueles que estiverem vindo da Argentina, o ideal é seguir até Bariloche e então subir pelo caminho dos Sete Lagos até chegar na fronteira com o Chile. Existem inúmeros hotéis e pousadas, mas nas altas temporadas de verão e inverno é muito aconselhável fazer reservas antecipadas.
Vários outros destinos interessantes serão relatados nas próximas edições. Fique ligado!
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